terça-feira, 31 de maio de 2011

Paradoxo do Nosso Tempo


O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos. 

Temos casas maiores e famílias menores;mais medicina, mas menos saúde. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler 
um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos... 

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. 

Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. 

Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos  coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma. 

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição. 

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. 

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar. 

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del. 

George Carlin

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pessoas amigáveis vivem mais, revela estudo

Pesquisa realizada pela Universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, traz uma boa notícia para aqueles que não dispensam qualquer tipo de amizade: pessoas que vivem rodeadas de amigos e vizinhos podem viver até 50% mais do que quem vive isolado.

Uma das lideres do estudo – Julianne Holt-Lunstad – mencionou que foram verificados dados de cerca de 150 estudos que analisavam a influência dos círculos sociais sobre a saúde de alguém. Ela ressalta que ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à sobrevivência de uma pessoa quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra.

A pesquisadora ressalta que tomar conta de outras pessoas os leva a cuidar melhor de nós mesmos. “Isso acontece porque quando alguém está conectado a um grupo e se sente responsável por outras pessoas acaba fazendo com que ele tome cota de si mesmo e assuma menos riscos”, explicou Julianne Holt-Lustand.

Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que a obesidade ou sedentarismo. Através da análise de 300 mil pessoas nos quatro continentes em um período de sete anos, aqueles com redes sociais mais fortes se saíram melhor em resultados de saúde e expectativa de vida. A probabilidade de essas pessoas estarem vivas em qualquer idade era quase 50% maior do que daqueles considerados solitários.

O estudo incluiu pessoas de todas as idades, sem levar em conta o estado de saúde inicial dos pesquisados. Outro pesquisador do estudo, Timothy Smith, informou ainda que o bons relacionamentos fornecem um nível de proteção a todas as idades. Ele alerta, no entanto, que os aparatos modernos e a tecnologia podem levar algumas pessoas a pensar que redes sociais face a face ao são mais necessárias. Porém, a interação constante é sempre necessária e precisa ser feita de todas as formas, tanto por meio de redes sociais como por meio de conversas.

Smith acrescentou que a iteração constante não é apenas um benefício psicológico, mas influencia diretamente na saúde física e mental. Assim, para fortalecer a amizade, a convivência é fator-chave. Por isso, laços que se formam na adolescência tendem a ser mais duradouros. Esta fase, além de transformações profundas, os jovens experimentam situações inéditas, em que o apoio dos amigos é fundamental.

domingo, 15 de maio de 2011

Você Sabe Tomar Decisão?

Executivos costumam se definir como tomadores de decisão. Veja como eles falham e por quê, e saiba o que dá para fazer para melhorar.            
por David Cohen

Metade das decisões tomadas nas empresas fracassa
Este é o resultado de duas décadas de pesquisas do professor Paul Nutt, do Fisher College of Business, da Universidade de Ohio. Nutt estudou mais de 400 decisões de executivos dos Estados Unidos e do Canadá sobre lançamento de produtos, compra de equipamentos, contratações, política de preços, atendimento etc.
As conclusões dele são uma pedrada na imagem dos executivos como grandes decisores.
Nutt percebeu que as melhores táticas de tomada de decisão são as menos usadas. Além disso, constatou que o processo formal de tomada de decisões raramente é seguido. Os administradores costumam pular direto para as conclusões e tentar implementá-las. Isso os faz limitar a pesquisa de dados, considerar poucas alternativas (na maioria das vezes, uma só) e prestar pouca atenção nas pessoas afetadas por suas decisões.

63,4% das decisões de executivos são tomadas pela fuga do problema
Esta é a conclusão, segundo pesquisa com 2.476 gerentes de 21 empresas japonesas, feita por Nobuo Takahashi, professor de administração da Universidade de Tóquio.
Decisão por fuga é quando o responsável demora tanto para agir que o problema se resolve sozinho - para o bem ou para o mal. Esse método se opõe à decisão por resolução (a típica, nas teorias clássicas) e à decisão por previsão (quando se engatilha a solução como precaução para um possível problema).
Para gerentes que têm entre 30 e 39 anos, supostamente a fase mais enérgica da carreira, a taxa de decisões por fuga sobe para 83,2%, segundo o estudo.
Metade das decisões tomadas nas empresas fracassa
Este é o resultado de duas décadas de pesquisas do professor Paul Nutt, do Fisher College of Business, da Universidade de Ohio. Nutt estudou mais de 400 decisões de executivos dos Estados Unidos e do Canadá sobre lançamento de produtos, compra de equipamentos, contratações, política de preços, atendimento etc.
As conclusões dele são uma pedrada na imagem dos executivos como grandes decisores.
Nutt percebeu que as melhores táticas de tomada de decisão são as menos usadas. Além disso, constatou que o processo formal de tomada de decisões raramente é seguido. Os administradores costumam pular direto para as conclusões e tentar implementá-las. Isso os faz limitar a pesquisa de dados, considerar poucas alternativas (na maioria das vezes, uma só) e prestar pouca atenção nas pessoas afetadas por suas decisões.
63,4% das decisões de executivos são tomadas pela fuga do problema
Esta é a conclusão, segundo pesquisa com 2.476 gerentes de 21 empresas japonesas, feita por Nobuo Takahashi, professor de administração da Universidade de Tóquio.
Decisão por fuga é quando o responsável demora tanto para agir que o problema se resolve sozinho - para o bem ou para o mal. Esse método se opõe à decisão por resolução (a típica, nas teorias clássicas) e à decisão por previsão (quando se engatilha a solução como precaução para um possível problema).
Para gerentes

domingo, 8 de maio de 2011

Mudança: Você Está Preparado?


Mudar não é uma opção para as empresas e profissionais da atualidade, é uma necessidade. Mudar internamente para se adaptar às mudanças externas, mudar para sobreviver, mudar para se destacar. A empresa e o profissional moderno, no entanto, se antecipam às mudanças, isso se chama visão, capacidade de enxergar no horizonte, cenários, ameaças e oportunidades e antecipar-se. É necessário observar o que acontece ao redor, analisar os fatores externos, antever o futuro e se preparar para as possíveis mudanças antes mesmo que elas aconteçam. As empresas e as pessoas que querem sobreviver nesta nova era, devem ter visão de futuro e preparar-se hoje para o que poderá acontecer amanhã.
Estão surgindo novas profissões, novas funções e carreiras. Novas práticas e formas de gestão, novas tecnologias, novos processos administrativos e novas exigências do mercado. Mesmo o que é antigo está se modernizando, ganhando uma nova "roupagem". Muitos cargos são extintos, outros surgem, novas competências precisam ser aprendidas, outras desaprendidas. O profissional da atualidade deve ser flexível, ágil, criativo e pensar estrategicamente. Estas mesmas características podem ser atribuídas também às empresas.
Mudar é muitas vezes doloroso, perigoso e arriscado. Mudança envolve ação e gera reação. Surgem conflitos e resistências. Geralmente empresas que estão inseridas em culturas mais conservadoras e tradicionais são muito resistentes às mudanças. Ninguém gosta de perder o status, de sair da zona de conforto e de se confrontar com o desconhecido, é da natureza humana.
Contudo, mudar, nos dias de hoje, é imprescindível, fundamental, um requisito para a própria sobrevivência.  Você esta preparado?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sempre Foi Feito Assim...

A história é antiga, porém continua atual em muitas organizações.


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."


É curioso como aparece com freqüência a resposta "não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..." nas atividades que envolvem os setores governamentais. Na administração pública, em todos os níveis e poderes, no campo administrativo e operacional, a análise de resultado dos processos é o ponto mais falho. E é a ausência das verificações funcionais junto às rotinas laborais que gera a estagnação dos resultados, o amortecimento da crítica, a subutilização de talentos e a repetição de índices mínimos de produtividade. Além disso, a defasagem nos processos de trabalho determina a reprodução de erros, a não compreensão dos procedimentos e o descomprometimento com a melhoria.

Para um processo de trabalho alcançar a excelência, deve estar inserido em atividades e programas que integrem um plano de ação. Esse plano deve ser realizado de acordo com as diretrizes estrategicamente definidas. Os resultados gerados precisam ser checados e, com base nas aferições, os procedimentos devem ser aperfeiçoados ou as ações devem ser redefinidas por meio de ajustes ao plano original.

Com a eficiência sendo exigida a partir da condição de princípio constitucional da pública administração, não é possível não saber os resultados que serão produzidos, muito menos se admite aceitar que os protagonistas das ações de governo não saibam o porquê de seus procedimentos. Na esfera governamental, a eficiência é um dever e não uma opção. O fato é quem não conhece ou não sabe as razões que envolvem os procedimentos estratégicos, administrativos e operacionais, não sabe os resultados que irá produzir. E não ter noção do que faz é estar em constante risco. 

A ausência de razões para explicar procedimentos não pode gerar dogmas ou "verdades absolutas". A única verdade absoluta, em termos de gestão, é a certeza que tudo a todo tempo muda, inclusive os objetivos institucionais, então os meios (processos) precisam ser atualizados para viabilizar e qualificar os fins (resultados). O desafio é, pela checagem de resultados, substituir a afirmação do "sempre foi feito assim..." pela indagação "como eu posso fazer melhor?"