segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pessoas amigáveis vivem mais, revela estudo

Pesquisa realizada pela Universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, traz uma boa notícia para aqueles que não dispensam qualquer tipo de amizade: pessoas que vivem rodeadas de amigos e vizinhos podem viver até 50% mais do que quem vive isolado.

Uma das lideres do estudo – Julianne Holt-Lunstad – mencionou que foram verificados dados de cerca de 150 estudos que analisavam a influência dos círculos sociais sobre a saúde de alguém. Ela ressalta que ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à sobrevivência de uma pessoa quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra.

A pesquisadora ressalta que tomar conta de outras pessoas os leva a cuidar melhor de nós mesmos. “Isso acontece porque quando alguém está conectado a um grupo e se sente responsável por outras pessoas acaba fazendo com que ele tome cota de si mesmo e assuma menos riscos”, explicou Julianne Holt-Lustand.

Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que a obesidade ou sedentarismo. Através da análise de 300 mil pessoas nos quatro continentes em um período de sete anos, aqueles com redes sociais mais fortes se saíram melhor em resultados de saúde e expectativa de vida. A probabilidade de essas pessoas estarem vivas em qualquer idade era quase 50% maior do que daqueles considerados solitários.

O estudo incluiu pessoas de todas as idades, sem levar em conta o estado de saúde inicial dos pesquisados. Outro pesquisador do estudo, Timothy Smith, informou ainda que o bons relacionamentos fornecem um nível de proteção a todas as idades. Ele alerta, no entanto, que os aparatos modernos e a tecnologia podem levar algumas pessoas a pensar que redes sociais face a face ao são mais necessárias. Porém, a interação constante é sempre necessária e precisa ser feita de todas as formas, tanto por meio de redes sociais como por meio de conversas.

Smith acrescentou que a iteração constante não é apenas um benefício psicológico, mas influencia diretamente na saúde física e mental. Assim, para fortalecer a amizade, a convivência é fator-chave. Por isso, laços que se formam na adolescência tendem a ser mais duradouros. Esta fase, além de transformações profundas, os jovens experimentam situações inéditas, em que o apoio dos amigos é fundamental.

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